domingo, 3 de julho de 2011

O meu homem

O meu moço tem um olhar sincero
É dono do sorriso mais doce
E do abraço mais apertado
Sei que quer me fazer feliz e não é mero

O meu homem tem um desejo ardente
Tem os sentimentos mais contentes
Tem pressa de ser feliz

O meu moço tem um sorriso sincero
O beijo dele eu quero
E que seja doce
Tão doce que ele é...

O meu homem parece até que é meu
E sabe que esse coração é seu
Traz as canções mais belas pra eu cantar
O meu homem é tão meu como as ondas são do mar
Meu coração será teu enquanto eu for capaz de amar.
segunda-feira, 27 de junho de 2011

Distraídos


Ninguém acerta dizer quando chegou o amor
Todos sabem dizer quando acabou
E a certeza que um dia a dor chegará
Enquanto se pede que a eternidade vá embora

Não precisamos estar no rumo certo
Basta ser vasto como o deserto
E se for engraçado como o seu sorriso...
ou tão precioso quanto o teu olhar
E que pareçamos cúmplices ao andar de mãos dadas

E no deserto desse nosso caminhar,
Eu penso como a dor pode demorar
Ou até mesmo nunca chegará
E não mais desse sonho acordar.
segunda-feira, 20 de junho de 2011

O ESPETÁCULO


E que comece o espetáculo!!!!!!!
Então, as luzes se apagam e a platéia silenciosa espera...
E a cena começa numa madrugada vazia sem som e sem cores

Os atores tão sofredores
Pois tamanho é o seu cansaço
Eles choram pelos corredores,
pois não há espaço para quem se lastima.

E vão ao espetáculo velho
tão novo para a encantada platéia
Mas é um velho espetáculo
Pobre espectador... não faz a menor ideia.

Então... eles correm pelo palco e o faz com emoção
Dançam com alegria aquela velha canção...
Eles trazem no sorriso um desgosto
Porque precisam dar-te o paraíso???

Que doce é o sorriso daquela moça
Nem parece cansada
Coitada...
Como sofre essa pobre insossa.

Descansa de ti mesmo moça cansada
Pois amanhã haverá um novo espetáculo
E você, de novo, sapateará em cima do seu coração
Sem saber, sem ao menos se lembrar
Que um dia o espetáculo vai terminar!


AMANDA CARVALHO
sábado, 14 de maio de 2011

Hoje,nós todas aqui estamos tão bem
nem sempre foi assim...
mas tudo se torna afim.
Não queremos longe ficar,só bem

Então,no que pensamos?
Ahhhh...
Queres saber demais
E demasiado... só nossa bebida.

Então...o que faremos???
Só o futuro dirá...
ou... nossa bebida, ainda
Ahhh... queres saber D + !
domingo, 8 de maio de 2011

Mãe...


Não escrevo hoje pelo dia das mães
Pois não há um dia para elas
Talvez...
Nem todos os dias do mundo seriam suficientes

Escrevo pelo ATO de ser mãe
Ser mãe é atar-se diante do desejo que todo ser humano tem de liberdade;
Diante de toda sede que se tem de viver despreocupadamente...
É olhar para o mundo de um jeito TOTALMENTE oposto ao de antes

Não sei se devo citar,
mas... o ato de 'parir', por si só, deveria fazê-la nos odiar
Porém, a moça dócil e aplicada... nos ama mais que a tudo no mundo!
Uau!

Ela nos ama a partir da dor,
nós do amor.

E amar para nós...
É cuidar,
É abraçar,
É beijar,
É proteger...

E de repente ela tem uma visão melhor do amor:
Sabe que nos ama, mesmo ao gritar,ao chorar,
quando a orelha ela precisa puxar...

Ser mãe é um ato difícil...
É o ato de amar e odiar.

Embora de você!



Eu posso te esquecer,
mas não quero...
Eu quero reviver
Reencontrar o sabor sincero

Parecia algo sutil...
Agora mede-se, teme-se o fim
Como se temer fosse algo hostil...
tudo continua sutil

Peço migalhas ao amor
E, então, recebo medalhas de "o sofredor"
Quem sabe não acabo com essa fome de amor?

Ando sonhando com esse querer...
E esses palhaços no meu quarto
insistem descaradamente em me convencer,
que é bonito o bem-querer...

Ora... não sejam modestos (falsos!)

Pois agora eu já parei, mudei de querer
Palhaços tolos, palhaços engraçados
Não entendem nada de bem viver... rs!
domingo, 1 de maio de 2011

Lembro-me do passado...


Juntos, numa noite qualquer
Estamos deitados, pensando...
Respirando lado-a-lado
Ignorando todos ao redor
E continuamos lá... respirando nossos pensamentos

Aqui é tão alto, podemos ver as estrelas
Aqui... os nossos devaneios misturam-se às ondas do mar
Me perco aqui dentro, olhando para lá
E, ainda, assumo a beleza desse céu estrelar

E, de repente, eu o olho nos olhos
E enxergo algo que nunca tinha visto
Penso em tudo que não sai mais de minha cabeça
Mas nada disse, só o abracei...

Todas as coisas mais belas eu sinto agora
Não sei se é alegria... não sei se é paz.
Talvez seja a alegria de viver o agora,
de tornar o agora PARA SEMPRE.
terça-feira, 22 de março de 2011

Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na leitura de coisas feitas, ou na feitura das minhas próprias coisas, surpreendo-me a indagar com que se parecem os óculos sobre a mesa (...)
E paira no ar o eterno mistério dessa necessidade da recriação das coisas em imagens, para terem mais vida, e da vida em poesia, para ser mais vivida.
Esse enigma, eu passo a ti, pobre leitor.
E agora?
Por enquanto, ante a atual insolubilidade da coisa, só me resta citar o terrível dilema de Stechetti:
"Io sonno un poeta o sonno un imbecile?"


(A vaca e o hipogrifo, Pausa - Mario Quintana)
segunda-feira, 14 de março de 2011

Me diz, então!


De repente me encontro em um labirinto
E fico a pensar …
Será que devo te deixar?
Será que devo apagar o que sinto?

Então, as perguntas me atormentam...
Acho que o amor nos encontrou.
As perguntas aumentam...
Ele me achou.

O que fazer agora...
Continuar a me esconder?
Esquecer?
Enlouquecer?

E assim, nosso amor vai se gastando...
vai se sumindo
vai se faltando

Quero tirar essa máscara feliz
Quero ver o que você diz
Quero saber como você faz
Me ensina, me mostra a sua paz!
sexta-feira, 11 de março de 2011


A violência de cá

Essa violência que eu vejo não é a mesma que você vê.
O barulho de tiros que eu escuto não vem do audio da TV.
Podes crer que a coisa é de verdade.
Para os daqui não há piedade

Pode crer...
Levar a vida por aqui não é fácil não.
Pois aquele que mata pode ser seu brother, seu irmão.
Mas quem, afinal é irmão de quem?
Aqui sim é a terra de ninguém.

É difícil lutar pela paz...
se a paz não vem pra quem precisa.
Enquanto todos na zona rica da cidade têm medo de uma criança que pede esmola.
Nós temos medo de nunca sair da gaiola.

Andar olhando pros lados...
Voltar do trabalho com os olhos arregalados.
Com medo de encontrar no caminho um corpo no chão.
Mais um irmão...

Quem mora na favela sabe...
Quem é pobre não tem perdão
O trabalhador que lá vive? Também não.
O pior é que ele não fez nada não!

Às vezes eu fico olhando a beleza que existe na minha favela.
E vem o silêncio a imaginar
E sinto medo...
Não posso abrir a janela pra respirar.

Angustiante é pensar que em bons tempos
Os portões desse lugar andavam abertos...
As crianças brincavam de tudo pelas ruas...
Eu andava de bicicleta por aí...
Hoje?
As crianças perguntam:
Porque eu não posso? Porque você fala isso o tempo todo?
Por que eu não posso correr?
Porque eu não posso respirar?

É difícil fazer com que nossas crianças não cresçam com isso.
É muito difícil cuidar de tudo isso.
Dou a ela o direito de viver ou de brincar?
Bom... então, fique a imaginar:
Qual é a maior violência?

Amanda Carvalho
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Acalmo minha solidão


Não pense em me julgar,
Jamais sonhe que sou sua.
E, também, não queira estar no meu lugar.

Para descrever o que eu estou sentindo,
não preciso de uma canção.
Nem vou fazer arrodeio.
Isso é apenas solidão.

O problema é que viciei em te procurar
Mas quando outro alguém aparecer
O amor bandido irá me aquecer...
Tão bandido que é.

E se por acaso, acontecer o mesmo
Recomeço sem nada falar
o bandido do amor, virá me roubar.


Amanda Carvalho
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ainda tanto quero


E quando chega o fim
O certo seria não querer mais
Deveria apagar o tom lilás
Nos afastar enfim...

Mas isso não é tão simples
Não é tão normal quanto antes
É cada vez mais incomum

Tanto quero, não sei quanto gosto
E nem sei até onde posso
Mas quero tanto, muito assim.

(Amanda Carvalho)
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Minha colega Táina, me trazendo belas palavras... Reflitam sobre isso.

Num deserto, o que eu via agora nem vejo, o que escutava ,silenciou... Fui para um outro mundo, um mundo aonde a gente nunca está ao certo, num lugar onde não está o meu próprio corpo. Em um mundo criado por nós, um mundo sem realidade, que nunca será tocado e onde olhares nunca serão cruzados.

(Táina Sena)
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Meu bem



Meu bem, meu bem...
Só você não consegue ver os meus olhos
Só você não enxerga os meus beijos
Meus olhos te beijam o tempo inteiro
Te beijam em silêncio, em segredo

Desde o primeiro beijo...
Desde a primeira vez que te vi,
nunca mais deixei de te beijar
Beijo-o sem parar
Meus olhos não querem te deixar.

Amanda Carvalho
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Codinome segredo


Ao ver você, meus olhos brilham de tanta felicidade.
E quando sonho com seu sorriso,
vem o seu toque e mostra que aquilo tudo é de verdade.
Pra querer ver você já não preciso da saudade.

Mesmo com tanto segredo,
Com todo medo de doer,
Eu penso em te ver.
Pois com esse desejo forte,
não penso na morte desse nosso bem-querer.

Segura a minha mão, amor.
Pois vamos passar por toda essa gente.
Aqueles que não entendem de amor,
que não sabem ser como a gente.

Vamos, meu bem.
Vamos caminhar nessa estrada...
Onde nada é seguro,
Mas podemos, juntos, nos proteger do escuro.

Vem!
Vem me fazer feliz.
Pinta, também, seu nariz.


Amanda Carvalho.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

DIAS ETERNOS




“Eu estou a procura dos dias eternos de felicidade...
Talvez eu encontre na minha cidade,
talvez eu encontre dentro de mim.
Não sei muito bem do que preciso, mas eu preciso estar feliz.

O meu hoje é de esperança..
é caminho, é de confiança.
O inesperado nem é mais tão desconhecido.
Caminho rumo ao que não se pode encontrar, esperar ou adivinhar.

Acreditarei, sonharei...
viverei sorrindo para encontrar o encanto de uma lágrima.
Eu posso chorar quando estou feliz e posso ser feliz num dia triste.
Tudo depende da minha sede de me encontrar dentro de mim.
Sei que essa sede existe...
Sei que essa sede é minha.

A felicidade não está para mim em dias de glória,
mas sim em todos os dias que eu viver."


(Amanda Carvalho)
domingo, 30 de janeiro de 2011

Medo de amar (Vinicius de Moraes)


Vire essa folha do livro e se esqueça de mim
Finja que o amor acabou e se esqueça de mim
Você não compreendeu que o ciúme é um mal de raiz
E que ter medo de amar não faz ninguém feliz

Agora vá sua vida como você quer
Porém, não se surpreenda se uma outra mulher
Nascer de mim, como do deserto uma flor
E compreender que o ciúme é o perfume do amor
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ele vai


Ele não era o homem perfeito,mas era perfeito pra mim.
Olhando para todos esses que vejo aqui, ainda queria vê-lo outra vez...
Hoje o perdi de vista, de uma vez por todas... eu o perdi de vez.
Sonho em ouvir o som de seu pulso batendo em minha porta
Sonho em ve-lo passar por ela (mais uma vez)
Agora vejo ele caminhar depressa, mas não é em minha direção.
Ele vai em outra direção, ele vai de uma só vez...
É, ele vai!
Belo demais... doce e fugaz.
O teu perfume entra em mim como uma música que não tem fim...
e canta, canta, canta a morte desse amor.

Amanda C.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011



Sorriso verdadeiro


Mesmo que tudo esteja desmoronando ao meu redor,
ficarei tranquila e darei um sorriso verdadeiro.
Mesmo que o sorriso não seja o mais verdadeiro;
Mesmo que a vontade de sorrir não seja tão verdadeira;
Mesmo que a minha vontade seja a de gritar o quanto eu estou sofrendo;
Mesmo que o meu desejo seja destruir tudo o que é belo;
Mesmo que eu não mais enxergue o colorido;
Mesmo que as rosas morram dentro de mim cada vez mais...
Eu vou dar um sorriso verdadeiro.

Amanda Carvalho.
sábado, 15 de janeiro de 2011

MAM (Museu de Arte Moderna)

Só quem conhece é que sabe da magia desse lugar...
Os malucos vêm aqui para a sua loucura sanar.
Mas tem muita gente aqui!
Tem gente de fora, tem gente da cidade, tem muita gente
Tem muita gente que não conhece a magia desse lugar...
Aqui, olho pro céu e vejo que as estrelas ainda estão a brilhar
Então... olho pro lado e vejo o grandioso mar
Às vezes eu venho para ver o sol se deitar
De outras vezes eu quero apenas um Jazz escutar
Sei... muita gente não entende a magia desse lugar...
Respiro tranquilamente e vejo que meus amigos estão lá
É! Só quem entende de magia é que conhece esse lugar.

(Amanda Carvalho)
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Eu ainda escrevo

Tentando compreender as peças que o destino me pregou, eu escrevo...
Tentando desabafar as mágoas que o tempo não apagou, eu ainda escrevo...
E tentando escrever algo que seja compreensível para aqueles que não me conhecem ou até para aqueles que conhecem... eu descobri que minto.
Minto para aqueles que não suportam a verdade;
Minto para me proteger;
Minto para que leiam o que eu desejo que seja lido.
E, então, eu leio palavras de outras pessoas...
Porém... as leio com malícia.
A doce malícia de quem escreve...
E penso: ele também tem algo a dizer.
Algo implícito, algo preso nessas palavras, algo que quer saltar!
Tentando interpretá-los começo a me encontrar dentro dos versos alheios.
Descubro sempre um pouco de mim em versos... mesmo que sejam alheios!
No que leio, no que escrevo...
Sempre me encontro de algum modo.
Presa por palavras que ousam se camuflar eu continuarei a escrever e a ler.
Só assim continuarei a me encontrar.

(Amanda Carvalho)

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