Mural Verde

Como não pensar num futuro? / Eu sou cigana.../ Como esquecer-me do passado? / Eu sou cigana... / Como pode um coração cigano/ ter tanto desengano/ Como pode um coração cigano / morrer tanto por amor / É bonito ver o amor/ fico a olhar, olhar, olhar.../ Coloco, então, meus colares e pinto os meus olhos/ Giro a minha saia em torno do amor/ Fico a rodar, rodar, rodar/ Pois eu não ouso tocá-lo novamente.

Lá vou eu/ De mãos dadas com o meu caminhar/ Caminho sem vontade de achar razões para ficar/ Caminho com bons motivos para achar/ Um lugar onde eu possa me encontrar.

Acorrentada estou... Ao desejo? Ao beijo? Acorrentada me sinto... Sinto fome, sinto sede/ Sede de liberdade/ Sede de caminhar/ Sede de abrir portas/ Sede de soltar e deixar entrar/ Fome de audácia/ Fome de tentativa/ Fome de mais e de menos/ Fome de ser ativa/ Ativar os nervos da pele/ De ferver no sim e no não/ De ser dona de minha Tele/ De fazer comunicação/ De comunicar felicidade/ E transmitir cumplicidade/ Separar-me do outro/ E chegar cada vez mais perto de mim...